Paranaense confia no Procon
Notícia abaixo, da Gazeta do Povo, revela que o PROCON possui grande credibilidade perante consumidores, de acordo com pesquisa realizada. Aumenta, pois, a necessidade de atenção de empresas em relação a seus deveres e aos direitos dos consumidores, para que caminhem em direção à credibilidade esperada pelo consumidor.
Fonte: OAB Londrina
Fonte: OAB Londrina
Paranaense confia no Procon, mas busca primeiro a empresa
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As empresas são o primeiro canal
procurado na tentativa de resolver algum problema, mas o Procon-PR é o órgão
mais confiável para a maioria da população paranaense. Esse é o resultado de
um levantamento inédito da Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a
Gazeta do Povo para entender os hábitos do consumidor paranaense em relação a
seus direitos. A pesquisa ouviu 1.322 pessoas em 80 municípios do estado.
Segundo o estudo, as mulheres
reclamam 35% mais do que os homens e pelo menos 72% dos consumidores que
buscam seus direitos acabam conseguindo uma solução. A pesquisa ainda mostra
que 38% dos paranaenses já se sentiram lesados em seus direitos enquanto
consumidores. O dado positivo é que apenas 4% dos consumidores que
enfrentaram problemas deixaram a situação de lado, sem se preocupar em
resolvê-la. O índice é próximo ao de pessoas que buscam uma solução através
de um processo na Justiça comum.
No recorte por gênero, a pesquisa
revela que 4,3% dos homens deixam de correr atrás de seus direitos, enquanto
apenas 3,2% das mulheres abrem mão de reclamar. Jovens e adultos com idade
entre 25 e 34 anos são os menos tolerantes: apenas 2% deixam o problema sem
tentar resolvê-lo. Entre os adultos na faixa dos 45 aos 59 anos, 5,3% deixam
a questão passar em branco.
Ainda de acordo com o levantamento,
66% dos consumidores preferem tentar uma solução com a própria empresa.
Outros 15% acabam registrando uma queixa no Procon. “É um dado positivo, que
mostra que as pessoas conhecem os seus direitos e sabem que podem acessá-lo”,
avalia a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano. Segundo ela, esse é um
sinal de maturidade do consumidor paranaense. “Mostra que o cidadão está
ciente de seus direitos e ele não sente a necessidade da tutela do Estado
para acessá-los” avalia Claudia.
Apesar de ser o segundo meio mais
acessado, o Procon é apontado por 54% dos paranaenses como o meio confiável
para se resolver problemas de consumo, à frente dos Serviços de Atendimento
ao Consumidor (14,6%), da Justiça (11%), do Ministério Público (7%) e das
Delegacias do Consumidor (6%).
A internet e as redes sociais, que
vêm crescendo como ferramenta de apoio a causa consumerista, têm a confiança
de pouco menos de 3% da população. Essa percepção não varia consideravelmente
em função da idade dos entrevistados.
O diretor da Paraná Pesquisas, Murilo
Hidalgo Lopes de Oliveira, destaca o alto índice de confiabilidade do Procon.
“É o órgão que está mais próximo do cidadão. A sigla se tornou uma referência
e o órgão pegou uma fama de que resolve os casos”, considera.
“Para nós é um resultado positivo, e
mostra que o órgão é um agente facilitador, sobretudo porque garante acesso à
Justiça. Mas, mais importante do que comemorar, é importante usar esse
parâmetro como um norte para melhorar ainda mais o índice de confiança da
população”, diz a coordenadora.
Municipalização
Segundo Claudia, apenas 50 dos 399
municípios paranaenses possuem um Procon municipal. Curitiba é uma das poucas
capitais do país sem o órgão municial – o Procon-PR atua na esfera estadual.
“Se tivéssemos uma capilaridade maior, essa confiança poderia ser ainda
maior”, afirma. As negociações entre prefeitura e o governo do estado para a
municipalização do órgão foram rejeitadas pela administração municipal. O
Código de Defesa do Consumidor prevê a implantação de Procons em todos os
municípios brasileiros.
Energia e bancos são os setores mais bem vistos
Dentre os setores econômicos, o mais
confiável para os paranaenses é o de energia elétrica, que tem a preferência
de 23,5% da população. Ainda entre os mais confiáveis uma surpresa: o
segmento de serviços financeiros e bancos – um dos líderes de reclamações nos
órgãos de defesa do consumidor –, que aparece na segunda colocação, com 19,5%
da preferência.
"A demanda contra os bancos está
muito mais relacionada ao problema do endividamento com o cheque especial e o
cartão de crédito do que necessariamente com a confiabilidade no sistema e na
idoneidade da prestação dos seriços", avalia a coordenadora do Procon,
Claudia Silvano.
Em relação ao bom desempenho do setor
elétrico, o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo de Oliveira, acredita que
isso esteja relacionado a questões do mercado local. "No caso do Paraná,
a Copel é única prestadora e não tem concorrentes. Ainda assim, é uma empresa
da qual os paranaenses se orgulham e que tem uma preocupação muito grande na
questão do atendimento ao consumidor", avalia ele.
O setor menos confiável, segundo o
levantamento, é o de tevê por assinatura e internet, com pouco menos de 5% de
confiabilidade. Dentre as razões apontadas para esse fraco desempenho do
segmento está o elevado crescimento da base de clientes e a incapacidade do
setor em resolver as demandas dos consumidores de forma rápida e ágil.
Fonte: OAB Londrina
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Grato pela contribuição. Flávio